tag:blogger.com,1999:blog-26852044898634349752024-02-20T00:34:19.114-08:00dispersos(1919-1989)http://www.blogger.com/profile/11575938867666258478noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-2685204489863434975.post-59819164891360736822011-10-09T10:21:00.000-07:002011-10-09T10:23:15.415-07:0016. autobiografia<span style="font-size: large;"><em><span style="font-family: Arial; font-style: normal; mso-bidi-font-size: 18.0pt;">Mas dizer isto é dizer quase nada. O que vou lendo sobre essa época, e o que ela representou na história literária portuguesa, é por via da regra tolice. Tolice ou má-fé. Instalou-se na nossa cena uma espécie de bando arrogante, de uma ligeireza patética, capaz de varrer com um único gesto uma geração ou uma centúria. Para trás deles, é o vácuo; à frente ou aos lados, uns autodeclarados génios, que eles servem ou desservem consoante os seus humores de pistoleiros sem lei. É um feio mundo, o das letras, onde tudo tem um preço. Detestam-se as pessoas sem as conhecer, detestam-se as obras sem as ler. Mas, ainda que lessem, sabe-se que nenhum livro resiste a uma leitura malévola. Há o juízo enfadado, displicente ou sobranceiro, há o emotivo, o rigoroso e o irónico – e há o vil, em que se deturpa intencionalmente o que se leu. Não sei se todos os escritores têm experiência disso. Mas alguns, por isto ou por aquilo mais na mira da perversidade, com certeza que têm. Não é altura de evocar factos que estão na origem de tantos dos combates da geração do </span></em><em><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 18.0pt;">Novo Cancioneiro</span></em><em><span style="font-family: Arial; font-style: normal; mso-bidi-font-size: 18.0pt;">; estive dentro de alguns, de outros participei. Apenas quero referir-me a um cunho indelével: a amizade, que juntou modos de ser tão dessemelhantes como João José Cochofel, Carlos de Oliveira, João Gaspar da Costa, Joaquim Namorado, uns tanto mais, e que, mesmo quando as interferências parasitárias a fizeram turvar, persistiu até à hora da verdade, que é quase sempre a final.</span></em><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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</div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Fernando Namora, <i>in</i> <em><span style="font-style: normal;">Encontros </span></em>(Lisboa, 1979-81)</span>(1919-1989)http://www.blogger.com/profile/11575938867666258478noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2685204489863434975.post-46497499821149337522011-10-09T10:16:00.003-07:002011-10-09T10:16:28.011-07:006.<span style="font-size: large;"><em><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 18.0pt;">- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?</span></em><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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</div><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Fernando Namora, <i>in</i> <em><span style="font-style: normal;">Encontros </span></em>(Lisboa, 1979-81)</span>(1919-1989)http://www.blogger.com/profile/11575938867666258478noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2685204489863434975.post-52369671797402657352011-10-09T10:16:00.001-07:002011-10-09T10:16:08.984-07:005.<span style="font-size: large;"><em><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 18.0pt;">- Porque se tornou escritor? Dá-lhe prazer escrever?</span></em><span style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span></span><br />
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<span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Muitas respostas se poderiam propor, todas fundamentadas e todas diferentes, nenhuma delas, porém, suficiente. Há dons comuns à maioria dos que sentem a necessidade de se esclarecer e comunicar pela arte, para quem a arte, digamos, é a sua voz, e há a peculiaridades que explicam cada caso individual. Escrever foi para mim, e desde o início, um modo de estar activamente presente no mundo e de participar de coisas que, sem esse veículo de interferência, me seriam vedadas ou, pelo menos, a cujo convívio não saberia dar expressão. Escrever foi e tem sido alvoroço, tortura e exaltação. Escrevo com prazer? Ainda hoje não saberei dizê-lo, pois nessa intensa e sofrida inquietude que o escrever me exige, no conflito árduo entre o que pretendo e o que realizo, na insatisfação sempre crescente, na angústia e no desânimo, há, decerto, um deleite para o qual não se encontrou ainda a palavra ajustada. Se, enfim, escrever me atormenta, são mais difíceis de suportar as fases estéreis de corrosiva aridez.</span><span class="maintext1"><span style="font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 10.5pt;"></span></span><br />
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